A aposta de sangue novo nas festas de Fontes, foi uma aposta ganha por parte da associação, que obteve criticas positivas por parte da população. Tem se a dizer que a desorganização aparente foi compensada pela dedicação dos festeiros. Por outro lado, a velha máxima do que “está bem mantém se e o que está mal corrige se” parece ter sido ignorada.
Nos passados dias 9, 10 e 11 Julho de 2010 ocorreram as festas da associação de Fontes, com o objectivo de angariar fundos para o futuro lar de Fontes. A festa em comparação com os outros anos foi considerada melhor. Isto deveu se muito às caras que compuseram a lista da comissão de festas.
Mas no fim dos festejos começou se a “desenhar” uma espécie de “medida destrutiva” para os anos futuros, o que poderá ditar o fim das festas da associação de Fontes. Porque convocar aproximadamente 60 pessoas para compor uma comissão de festas parece ser um pouco abusivo, no sentido em que “o que irá fazer tanta gente?”, pois entende se que uma comissão de festas do calibre das festas de Fontes nunca poderá ter mais que 15 pessoas a compor uma lista.
O único impacto positivo que esta medida poderá ter, é com um sentido de marketing, em que o significado seria “São todos necessários para a obra ir para frente”. Retirando esse aspecto, esta medida só terá aspectos negativos começando pelo “que irá fazer tanta gente?”, pois haverá sempre trabalho mal distribuído e isto trará motivos de conflitos dentro da comissão, pois haverá sempre uns que farão mais que os outros, os trabalhadores não são reconhecidos e os que querem ajudar não tem trabalho para fazer. Outro aspecto é que as pessoas que frequentam a festa são das Fontes na sua maioria, e como a maior parte dos festeiros são da terra, isto irá ter como consequência um maior numero de festeiros que pessoas dentro da festa.
Outro dos tantos motivos de conflito na organização das festas é a forma como esta lista foi composta e de quem compõe os lugares de topo na lista. Para que se perceba o porquê destes conflitos é necessário saber se que a reputação do actual presidente da associação está baixa por inúmeros motivos que a população conhece, e ao nomear se, para os lugares de topo, gente tão próxima do presidente, é normal que se deduza que o presidente irá ter uma manobra de gestão muito grande o que poderá repetir se episódios passados em anteriores festas como pagamentos atrasados a conjuntos e fornecedores, falta de apresentação de lucros ou prejuízos das festas (o que também ainda não foi apresentada neste ano de 2010), etc. …
Portanto é correcto pensar se que o presidente teria que ter um papel mais ausente dentro da comissão de festas e que só deveria usar o seu poder de “nomeação da lista da comissão de festas” como alternativa há inexistência de listas voluntárias que quisessem compor a comissão de festas do próximo ano. Estas listas voluntárias teriam que apresentar o nome do presidente e vice-presidente da comissão de festas, os nomes dos restantes festeiros (em que a direcção teria que definir um numero mínimo e máximo de festeiros), orçamento estimado para a execução da festa e os objectivos da festa (o que se pretende fazer na festa). Estas listas entrariam numa espécie de concurso em que a direcção da associação se reuniria e escolheria a lista aparentemente mais competente para a execução da festa do próximo ano, e essa lista vencedora era apresentada no último dia de festa do decorrente ano. Os gastos e os lucros eram controlados por estimativas simples relativos ao número de produtos vendidos versus o valor esperado.
Não se entende como é possível uma convocatória de pessoas para uma comissão de festas sem um prévio dialogo em que se pergunte a disponibilidade das pessoas e se as pessoas estão realmente dispostas a fazer parte da comissão. O que leva a outra questão: “Será o presidente capaz de distinguir festeiros de pessoas que queiram ajudar na festa?”.
Pois os festeiros, na opinião desde crítico, são as pessoas que organizam a festa, que pensam a festa. Isto é, pessoas que decidem qual a melhor forma de explorar a festa, tendo em atenção dois factores importantes que são lucros e reputação. Os lucros são sempre importantes para os objectivos da direcção, que neste caso é o acabamento do lar e a reputação é um aspecto ainda mais importante, pois este factor é o que irá ditar o aumento ou diminuição dos lucros do próximo ano, pois é plausível se pensar que boa reputação, aumento nos lucros no próximo ano e vice-versa.
As pessoas que querem ajudar na festa, de uma forma muito popular de se falar, são aquelas que estão lá apenas para “abrir caricas”.
Em conclusão, se quer se fazer alguma coisa em Fontes, as pessoas terão de se deixar de ser tão desconfiadas e recorrer se mais á força da união. Têm que se deixar de pensar em “meninos bonitos e meninos feios” e começar se a construir algo para as gerações vindouras. Começar a abrir a mente para inovação através de novas ideias, de forma a acompanhar os novos tempos. Porque a nova geração de Fontes têm “putos” com a capacidade de inovar, pois eles têm os estudos, formação e a responsabilidade de fazer algo pela terra onde nasceram e cresceram. Basta dar lhes a oportunidade para se afirmarem perante esta população cujo a mente é tão fechada.
“Para que um dia mais tarde, nos orgulhemos de viver bem e de dizer aos nossos netos que esta terra só tem o que tem pois um dia nos decidimos unir e lutar para criar alguma coisa nesta nossa bela terra.”